terça-feira, 8 de maio de 2012

Concha

Enfim chega o momento quando comprende-se que nada de fato importa, pois nenhum erro é relevado...
A hora que enxergamos que todos estão aqui para crescer e não interessa a que preço. Não erre nunca, não brinque, não sonhe, evolua, evolua, evolua.
Não existe nada que repare seus defeitos, não importa o quanto tente, o quanto melhore... Se você foi algo um dia, no imaginário popular assim permanecerá.
Se você nasceu pobre, num barraco, mesmo que se torne um bilionário, será sempre aquele moleque de pés descalços, sujos de terra vermelha, que apoiava os cotovelos a mesa.
Não importa o quão caro sejam suas roupas, quantas aulas de etiqueta você faça... Você será para sempre a primeira impressão que tiveram de você.
A miopia é conveniente e reconfortante... Admitir o crescimento do outro pode significar assumir a própria estagnação.
 E fica ai o paradoxo que nunca consigo responder, por que considerar a opnião alheia? Mas como viver sem ela?

Desisti de conviver... Agora, quando recebo farpas, escondo-me dentro duma concha (de fato tenho ficado bom tempo lá). Cansei de lutar contra os moinhos... Em minha caminhada vi muitos Dom Quixotes largados nos cantos... e como já dizia Cartola: "O mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos... reduzir as ilusões a pó".

Espero não precisar mudar para o mar.

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